Este plano “reflete uma preocupação da região com a alimentação, com a gastronomia, com os produtores locais e com as cadeias curtas de produção”, referiu o vice-presidente da CIM da Região de Coimbra, Raul Almeida. “Ou seja, os produtores produzem e nós fazemos chegar aqueles produtos, que são os nossos produtos locais, às cidades e garantimos também uma alimentação saudável, sustentável e também inovadora”.
Esta estratégia foi criada no âmbito do projeto ‘Food Corridors’, do programa Urbact e tem como visão transformar a Região de Coimbra num polo regional ligado à produção, consumo, investigação e inovação alimentar sustentável. Um dos objetivos passa por promover a implementação de medidas de prevenção dos resíduos, conceção ecológica, reutilização, entre outras ações “circulares”, com a criação de um plano para a redução do desperdício alimentar, bem como com uma plataforma ‘online’ de troca de subprodutos / resíduos.
De acordo com o secretário executivo da CIM Região de Coimbra, Jorge Brito, neste momento existem projetos (submetidos e aprovados) para implementar a estratégia alimentar desenhada pelo ‘Food Corridors’, no valor de cerca de sete milhões de euros.
“O exemplo mais robusto foi uma aliança, que é nome de um dos projetos, promovido no âmbito do Erasmus+, que é um projeto de cerca de quatro milhões de euros, com vários parceiros europeus, mas temos outros exemplos. O projeto, por exemplo, com a Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC), no âmbito de Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), chamado ‘Carbon2Soil’ para ajudar e otimizar o processo de retenção carbónica”, explicou.
A ideia é, nomeadamente, desenvolver um guia prático focado na criação de modelos de negócio de circuitos curtos, assim como produzir uma metodologia adaptada para cálculo da pegada ecológica de produtores locais, a fim de ajudar os produtores a chegar aos consumidores.
Sensibilizar a população para necessidade de mudar os padrões de consumo atuais são outras das ações que integram a estratégia.
A Região de Coimbra pretende ainda incentivar a adoção de critérios de sustentabilidade ambiental e social nas compras públicas para cantinas escolares, com vista a aumentar a qualidade das refeições fornecidas na escola, bem como criar um grupo de trabalho para promover o diálogo com o Governo em matéria de Acordos-Quadro, por exemplo.
A ideia é também promover ações educativas com escolas locais (laboratórios escolares) centradas nos subtemas principais do projeto ‘Food Corridors’.
“A nossa aposta, através da Estratégia Alimentar da Região de Coimbra 2022-2030, é continuar a construir oportunidades de apoio aos setores agroalimentar e gastronómico, com particular enfoque na inovação e sustentabilidade, promovendo o consumo e a produção sustentável de produtos regionais, o que, por conseguinte, reforçará a economia do nosso território”, concluiu Raul Almeida.
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